Se quando o que sinto seria senão fato lancinante o que poderia fazer eu senão escrever e ler. Tentar ouvir a mim mesmo, se tentativas foram frustradas fazendo assim com que se apague fácil meus êxitos e lançando –me ardil no buraco profundo da avidez imediata, quem dera pudesse calar ao invés de competir. Poderei um dia.
Se preciso for chorar. Poderei um dia, Por que não amar a idéia imediata de uma ilusão passageira a que todos gostamos de sentir e que logo deixamos cair passar na marca indelével e permanente do esquecimento? oh! a nuvem esquecediça. Ela. Só ela estava ali a espreita naquele momento de abril
Quando tento escrever meus pensamentos sem deixá-los correr na brisa, parado me estabeleço. Provoco-me. Ou pelo muito tento. Força e meta é o que traço... só na teoria. No papel meu da minha realidade fraca vejo-me muito no fraco e pouco no estrategista. De que me adianta escrever esta letra esperando que toque em alguém daqui a alguns anos uma leve sensação de fôlego e vida sopro no meio da corrida interminável, em busca de algo que cada um que sabe o seu, e que está em constante mutação, escrevo sim pra registrar a tênue emoção que embarco minha mente quando a deixo levar solta.
E logo depois como um castigo ou como um diabo que fez pacto, me cobro... muito, mais fácil seria sonhar sempre e apenas.
Tão claro e firmemente como estas cicatrizes que vejo na pele. A livre volúpia da brutalidade, Fincando, cortando e, que parece ser a única verdade - a da dor.
Busco contato no cyber-espaço, volto a sonhar com meu pai, desta vez, ele é um cachorro
Ao qual me apego instintivamente e afago-o com um longo abraço envolvendo todo meu corpo. minha mãe é um duplo, mas choro assim mesmo sem sentido consciente deixo-me levar nas ondas do grande mar agitado do meu sonho.
De manhã de novo o gosto amargo na boca, novamente a vontade de morte... será que não estava preparado? Sempre pressenti que não não cumpri meu papel. não posso me esconder nem escorar atrás dos outros.
Quero voltar aos meus cheiros sabores, virtudes quero voltar mais, não posso. não posso? Ultrapassando esta linha randônicamente volto a esbarrar com elas, as minhas vontades e cores de infância onde tudo era uma fantástica fábrica de doces de caramelos sortidos.
Estavam lá o tempo todo
O tempo todo só esperando o despertar, levante de crisálida, imbuída num crime que não cometera, mas que já se fez condenar de primeira... Só eu poderia crucificar a mim assim, sendo ao mesmo cruel a esse ponto. Eu Deus, eu! que não pensaria que Tu me fixaras, me fizeste encomendar para a festa que nunca foi minha mas pertencia a alguém. eu era parte mim e parte a terra todo mundo. Eu também era um deus só que um deus antagonista cruel e rebelde querendo se vingar a qualquer preço menos às custas das mortes de seus amores. Menor, um deus menor um deus menino com letra minúscula, brincando de coisa séria, levando mais a vida ao pé da letra do que agora. Eu era assim, o que sou agora o que me torno, aonde pertenço? preciso saber quero saber saber agora... A resposta estava lá o tempo todo. Eu ainda estou aqui, só que estou te observando calado agora, não mais histérico ou monocórdio. Eu já sou todo mundo e todo mundo já me pertence na alma pura da espécie.
Eu já sou feliz de tê-lo aqui mesmo que seja só para um café, não quero a obrigação da vida inteira lado alado, vai voando vai azul.
Ela andou a dentro do meu peito e ali permaneceu calada, os silenciosos sempre roubaram o meu coração. meu afeto é sincero por estes misteriosos personagens leptônicos quase esquistossomáticos. Mas os afetuosos, me convenceram a me salvar do dia após dia. renascimento imediato eles diziam no meu pensamento. Um dia pra mudar. Tudo só por demais adiante doravante eminente, a preguiça quis passagem e a deixei ficar uns dias e depois mais, meses e anos se passam e ela... não quer ir embora não, a dona preguiçosa gosta de um bom cochilo na cabeça da gente, sim senhor, não se esqueça disso senhor eu disse para não esquecer porque ela, absurdamente cobra ainda muito caro a sua própria hospedagem. Nós é que pagamos a sua permanência, no dinheiro poupado da roupa que não lavamos e assim por diante. Catatônico, não vá esperar uma catarse epifania que não vir, ou seja armadilha do consciente o escravo, para você acreditar que mudará alguma coisa... nada muda nunca não esqueça disso porque tudo muda sempre já tenho dito isso, então que eu faça a minha escolha melhor já que é preciso escolher sem falar e gozar sem calar as dores que contam bem o momento do artista que almeja o belo a se entregar de sobressalto no caldeirão de lixo ardente geena.
Coragem alguma voz me diz lá dentro, que se fosse fácil Diego já teria comido tudo e não haveria mais pedaços inteiros
Bobagem me diz o bobo sempre fiel companheiro do Rei sempre sábio e sóbrio e sério e hábil: permanente só a luz na imaginação a nuvem, causticante caos em polvorosa pólvora, intermitente o interlúdio já se deu de presente e já se faz interminável mas, ao mesmo tempo, ainda assim quer se fazer de perto e não quer calar por mais que lhe diga para fazê-lo, nem mesmo que o mande calar a boca direta ou indiretamente êta bichinho teimoso esse senhor fidelidade.